Nicholas Revett foi um arqueólogo e arquiteto inglês, que realizou com James Stuart um "Grand Tour" arqueológico nas ruínas greco-romanas, que serviria de base para os revivalismos do século XIX.

 

Revett era filho de John Revett, que fazia parte da pequena nobreza de Suffolk, e era herdeiro de propriedades na região. Sua mãe, Elizabeth Fauconberge era herdeira da fortuna de sua família também. Como segundo filho de uma família rica, Revett poderia ter esperado uma criação confortável, mas ele não herdaria a maior parte das fortunas de sua família.

 

Assim, ao terminar sua educação primária, Nicholas, como tantos outros filhos mais jovens da nobreza, viu-se em busca de uma profissão. Ele escolheu a pintura. E, em 1742, ele dirigiu-se para a Itália para estudar essa arte. Desde o início de sua carreira, Revett estava no coração do Iluminismo artístico - em Roma - estudando com um dos melhores pintores barrocos da Itália e ao lado de um dos mestres do neoclassicismo.

 

Revett nunca iria ser lembrado por seu gênio pictórico. Como tantos outros artistas britânicos e irlandeses do século XVIII que chegaram na Itália, ele não estava preparado e não tinha a habilidade de seus colegas continentais.

 

No entanto, o trabalho de Revett iria transformar o mundo da arte, e sua influência se tornou amplamente sentida. O momento crucial veio em 1748, quando liderou um grupo de intelectuais formados por Gavin Hamilton, Matthew Brettingham, e James Stuart na concepção de uma expedição para Atenas. Lá, eles iriam estudar os vestígios arquitetônicos do mundo clássico. A expedição foi financiada pela Sociedade Diletantti, grupo de intelectuais ricos que financiavam pesquisas nas ruínas greco-romanas.

 

Os outros desistiram da empreitada e apenas Stuart iria se juntar Revett em Athenas. Os dois acabam publicando um trabalho que os estudiosos modernos classificam como o livro que inaugurou o Revivalismo Grego na arquitetura ocidental, intitulado "Antiguidades de Atenas" (1763).

 

Infelizmente, o papel de Revett na história do Revivalismo Grego, e principalmente do neoclassicismo tem sido minimizado. Até o início do século XIX, Revett era tido como um arquiteto eminente que tinha ensinado James Stuart a ciência da arquitetura.

 

Entretanto, em estudo posteriores de renomadas instituições e pesquisadores tem omitido a importancia de Revett na história da arte e da arquitetura.

 

Revett era uma pessoa muito simpática e popular em seu tempo, mas era propenso a privacidade. PJá seu amigo Stuart tinha um nítido apelo para celebridade. Como Revett não era rico nem pertencente à nobreza, ele não produziu muitas obras. Sem filhos, a maioria de suas correspondências e desenhos desapareceram.

 

O trabalho de Revett em Atenas, embora essencial para o sucesso de Stuart, foi esquecido. E, arqueólogos parecem ser os únicos que reconhecem a grande quantidade de trabalho importante que Revett fez em outros locais nas ruínas gregas.

 

Não foram só os seus estudos de ruínas clássicas no Mediterrâneo que foram essencial para o desenvolvimento do Revivalismo Grego, mas seus escritos sobre arquitetura ajudou a impulsionar o debate greco-romana da década de 1750.

 

Ademais, seu interesse pelas matemáticas arquitetônicas antigas produziu importantes pesquisas. Seus estudos meticulosos dos locais revelam uma intenção do arquiteto-arqueólogo em revelar a natureza da arquitetura grega. Ele e Stuart foram os primeiros europeus que se empenharam e, descrever a existência da policromia no mundo antigo grego, décadas antes das teorias de Quatremère de Quincy. Curiosamente, Revett reproduziu a policromia que ele descobriu no Propylaeum de Athenas em seu trabalho para Sir Francis Dashwood em West Wycombe. Da mesma forma, os dois viajantes atenienses explicavam pela primeira vez os métodos gregos de construção dos templos.

 

Revett morreu na Grã-Bretanha em 1804 e seus estudos foram peça chave nos revivalismo do século XIX.