Jacques-Germain Soufflot é considerado um dos maiores arquitetos do século 18 e um dos mais importantes da história da França, pois ela é o iniciador da escola de Arquitetura Neoclássica, que se originou neste país em seu período.

 

Os motivos clássicos começaram a aparecer em desenhos arquitetônicos no final do reinado de Luís XVI, em uma tentativa reintroduzir a seriedade da arquitetura romana, em uma clara resposta às excentricidades do estilo Rococó.

 

Seu maior projeto é Panteão de Paris (1756-1797), um importante exemplar da arquitetura do século XVIII.

 

O edifício foi concebido como uma igreja dedicada a Santa Genoveva, antes de ser convertido em um memorial fúnebre para as pessoas famosas. Um projeto extremamente influente, que ajudou a popularizar desenhos clássicos (especialmente arquitetura grega) no Novo Mundo (continente americano).

 

Nascido em Irancy, Soufflot frequentou a Academia Francesa em Roma (nos anos de 1731 até 1738), onde também estudou os monumentos clássicos (ruínas greco-romanas) bem como arquitetura renascentista feitas por Andrea Palladio (1508-80), visitou ainda construção de arquitetura barroca italiana como Basílica de São Pedro (1506-1626).

 

Em 1738 Soufflot deixou Roma e retornou a Lyon, onde ele começou a praticar a profissão de arquiteto. Projetos desse período destaca-se o projeto da fachada do Hotel Dieu (1741–1748) e o Temple des Changes (1751). Em 1752 ele foi eleito membro da Academia Lyon.

 

Em 1755, o Marquês de Marigny, que era colega de Soufflot desde os tempos que ambos estudavam na Academia Francesa em Roma, havia assumido o cargo de Director-Geral dos Edifícios Reais. O Marques de Marigny então convida Soufflot para Paris e deu-lhe a prestigiosa comissão para construir a nova Igreja de Sainte-Genevieve (1756-1797) - destinada-se a ser a maior igreja de Paris. Era para ser construída no novo estilo neoclássico - uma decisão ousada na época.

 

Nesse período, por influência de seu amigo (Marques de Marigny), Soufflot foi eleito membro da Royal Academy de Belas Artes em Paris. Um trabalho menos conhecido desse período é o Hotel de Marigny (1768-1771) e a remodelação de um teatro de ópera.

 

Sua obra mais famosa, o Panteão, é uma estrutura cuja planta é em formato de cruz grega com 110 metros de comprimento e 84 metros de largura, possui 22 colunas em estilo corintio e é coroado por uma cúpula de 83 metros de altura, com um lanternim no topo e seu interior é ricamente adornado com esculturas e pinturas. 

 

Concebido, projetado e construído como uma igreja para Santa Genoveva, a padroeira de Paris, foi tomado durante a Revolução Francesa, e convertido em um monumento que honra os famosos homens e mulheres da França. Soufflot era mestre de outro grande arquiteto francês, Jean-Baptiste Rondelet, que continuou as obras do Panteão após a morte de Soufflot. Participaram também da remodelação da obra o crítico de arte e teórico da arquitetura Antoine Chrysostome Quatremere de Quincy. 

 

Soufflot morreu em Paris em 1780.